sábado, 30 de novembro de 2019

AS AVES NO PLANETA MARTE

AS AVES NO PLANETA MARTE
Os marcianos consideram a existência das aves, no seu ambiente, como uma bênção do
Pai, e as protegem com as maiores demonstrações de amor. No ambiente inofensivo e pacífico de Marte, as aves são intensamente festivas, jubilosas e irrequietas. Não se afastam dos agrupamentos humanos, nem temem alguém.
Arrulham em bandos, semelhando “confetes” vivos e coloridos, esvoaçando em torno das cúpulas luminosas dos edifícios, dos templos e residências, e por vezes entram e adejam, suavemente, no interior dos lares.
As florestas, os bosques, jardins e parques públicos, à aproximação da aurora, tornam-se álacres, com cânticos e melodias inebriantes, onde a beleza divina se expressa nos gorjeios da passarada. Não há em vosso mundo espetáculo comparável à sedução desses concertos de alegria e ternura.
Muitas aves de Marte apresentam acentuadas semelhanças com a maioria da sua espécie terrena. Há, no entanto, diversos outros exemplares que são diferentes tanto na forma e no porte como na contextura.
SENSORES DE MAGNETISMO
Seu canto é melódico e com extensa frase musical; não tem os longos hiatos dos cânticos comuns dos vossos pássaros. Esses cânticos, que alcançam maviosidades semelhantes à vossa harmônica, revelam sempre a graça delicada peculiar da alma dos
marcianos.
Certas melodias recortadas de filigranas sonoras imprevistas prenunciam as modificações climáticas. Quando a sensibilidade dessas aves manifesta certa aflição melancólica nos seus poemas canoros, sabe-se que invisíveis “lençois magnéticos” inferiores estão se aproximando do orbe.
COMPANHEIROS DOS HOMENS
Se cuidásseis de auxiliar as aves em suas posturas, protegê-las nos seus ensaios volitivos e ampará-los nas épocas críticas, viveriam eles em torno de vossos lares, enfeitando o vosso ambiente e o mundo com seus cânticos festivos e animando-vos com sua graça delicada, sem precisardes conservá-los entre grades.
Se fossem alimentados, como em Marte, na adjacência de todos os lares e sem quaisquer receios, tornar-se-iam inofensivos às lavouras e jardins, pela simples circunstância de aguardarem do homem a sua nutrição. Em cada lar marciano existe um recanto do solo onde é plantada, comumente, a fruta, o vegetal ou a hortaliça destinada aos pássaros; e eles buscam o alimento nesses locais previamente determinados.
O psiquismo diretor que impera no planeta Marte e que comanda, também, a espécie alada, graças à mentalidade superior dos marcianos, pode operar e insuflar nas aves o sentido de obediência para não depredarem.
A “AVE SAGRADA” MARCIANA
O símile do vosso rouxinol, em Marte, é a famosa ave do “cântico espiritual”. Ela executa sentida página musical, de sonoridade algo religiosa, de sons graves e solenes, lembrando a nostalgia do espírito desterrado do seu “habitat” celestial. É a única ave que consegue despertar alguma tristeza e melancolia no coração festivo do homem marciano. É uma espécie de “ave sagrada”, que os cientistas afirmam poder sentir o próprio magnetismo divino irradiado pelo anjo planetário que alimenta a atmosfera de Marte.
Esse pássaro de aspecto angélico e misterioso, cuja plumagem é um floco vivo de matizes luminosos, canta em um estado de verdadeiro “transe” hipnótico. Achamo-lo divinamente belo, dando-nos a ideia de um cristal vivo e policromo, a desferir melodias vibrantes de profundo sentimento. Impõe silêncio e devoção àqueles que o escutam, deslumbrados.
A delicadeza de sua contextura não lhe permite existência prolongada. A sua sobrevivência é produto do mais cuidadoso desvelo e alimentação especial, à base de néctares concentrados de flores.
O “CANTO DE CISNE” DA AVE SAGRADA
Há um mistério nessa ave singular. Quando seu canto se transmuda em maravilhoso poema de notas dramáticas, vibrantes de profundo lamento e saudade, é que chegou o momento que assinala o seu “canto de cisne”. Ela previu o seu fim, concentrando as suas últimas energias para no derradeiro momento de suas existência, dar o “último adeus” através das harmonias mais sublimes.
Já assistimos a um desses momentos supremos dessa ave paradisíaca. Logo que a sua garganta cristalina vibrou as primeiras notas, maravilhosa aura de lilás puro, entremeado de raios solferinos, começou a circundá-la; mais um pouco, e o seu contorno foi sendo polarizado de focos de luz azul-celeste, translúcido, no fundo lilás todo recamado de fios dourados. E à medida que a ave imergia no seu “transe” melódico, o círculo de sua aura, reticulado de fios brilhantes, ampliava-se, refletindo em nossas vestes espirituais os mais soberbos matizes de cores desconhecidas ao olho humano. Quando atingiu o auge da sua sinfonia, imensa esfera de luzes envolvia o ambiente astral em que nos encontrávamos. E de repente, quando a “ave sagrada” sonorizou a última estrofe do seu canto angelical, a nossa visão ofuscou-se ante um jorro intenso de irradiações estelares que, formando uma seta fulgurante, subiu ao alto, e se desprendeu em direção ao Éden sideral do Pai.
No cenário exterior, a multidão que assistia tinha os olhos cintilantes de lágrimas. É que essa dádiva canora é um dos veículos mais propícios e sublimes para a transfusão do magnetismo divino aos mundos em que as almas já têm “ouvidos de ouvir” as sonoridades angélicas do plano astral.
RAMATÍS
“A Vida no Planeta Marte”


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