sábado, 30 de novembro de 2019

A IMAGEM ORIGINAL DE RAMATIS

A IMAGEM ORIGINAL DE RAMATIS
Num árduo e longo trabalho de restauro, pode-se recuperar a imagem considerada por Hercílio Maes como a mais perfeita de Ramatis, segundo os seus "olhos" conseguiram percebê-lo.
Hoje retorna à condição de um patrimônio que inspira a muitos e é utilizada em diversas casas e grupos que reproduziram tal imagem em sintonia a egrégora universalista de Ramatis. Na sequência das imagens os estágios de restauração.
Nas palavras de Hercílio Maes assim se pronunciou quando viu o quadro psicopictografado por Dinorah, em depoimento, por carta, a José Fuzeira (revisor de suas primeiras obras):
“Recebi o retrato de Ramatis e confesso o meu assombro pela sua espantosa fidelidade. Não conheço Dona Dinorah (1), mas peço apresentar-lhe as minhas efusivas felicitações, pois, através da sua extraordinária mediunidade, ela conseguiu fixar Ramatis conforme, na minha infância, o vi materializado, e como ainda o vejo, de vez em quando, no plano Astral. É tal a similitude da expressão da sua fisionomia, exuberante de paz e de bondade, que, ao contemplar seu retrato, meu espírito foi tomado por uma emoção de saudade intensa, que me propiciou, num instante, ser transportado ao momento inesquecível da primeira vez que ele me apareceu. Que Jesus abençoe essa irmã pela alegria espiritual que me proporcionou!”
Também retratou suas impressões como abaixo podemos extrair de suas obras:
"Embora respeitando as evasivas modestas de Ramatís, devo dizer que também o tenho visto no seio de uma massa de luz policrômica tão cintilante e transparente, que elimina todas as rugas, sulcos e sinais de maturidade de sua fisionomia, apresentando-o com o aspecto de um jovem de quinze anos, cujo rosto assume um tom rosado; seus olhos amendoados arredondam-se pela luz que os inunda facilmente. Ramatís remoça-se de tal modo pelos fulgores luminescentes que se irradiam de sua intimidade, que será dificílimo crer-se que o seu perispírito abandonou o corpo carnal aos 30 anos de idade física, pois até seus lábios perdem os contornos orientais".
Em questionamento e resposta podemos ver o pensamento de Ramatis quanto as percepções clarividentes de outros médiuns que o receberam.
PERGUNTA: — Por que motivo entre os vários retratos que foram pintados mediunicamente sobre a vossa figura perispiritual, nenhum deles se parece estritamente convosco?
O vosso sensitivo explica-nos que sois amorenado, olhos oblíquos e que não tendes o aspecto adolescente de um jovem de quinze anos, como vos pintaram. Também apresentais uma fisionomia expressivamente ocidentalizada, quando, na realidade, sois um tipo oriental descendente de hindu e chinesa. Diz o médium que a maior semelhança entre vós e os retratos mediúnicos pintados reside somente no tipo das vestes, do turbante e das cores de vossa aura. Que dizeis?
RAMATÍS: — As diferenças comumente existentes entre a verdadeira configuração perispiritual dos desencarnados e as pinturas mediúnicas resultam mais propriamente dos efeitos imprecisos e muito comuns dos fenômenos de ideoplastia. As ideias e os pensamentos produzem ondas e radiações que, por sua vez, devem formar imagens daquilo em que se pensa. No entanto, como as nossas são configuradas no plano da 4ª dimensão, nem sempre se ajustam com exatidão às formas tridimensionais da visão carnal. Assim, é muito difícil para os encarnados obter uma fotografia perfeita e exata das ideias ou das imagens que projetamos do Além sobre a mente dos médiuns intuitivos, videntes ou desenhistas. Mesmo quanto à exatidão das comunicações faladas ou psicografadas dos nossos pensamentos, ainda são raros os médiuns intuitivos que apanham a realidade intrínseca do assunto que desejaríamos transferir para o conhecimento do mundo material. Em comparação com a frequência retardada dos acontecimentos do mundo material, ainda é muito grande o aceleramento ou a fuga vibratória dos fenômenos que se sucedem no mundo astral, do que resulta considerável desajuste no mesmo tempo da ocorrência. Como ilustração concreta dos nossos dizeres, basta dizer que o nosso médium, neste momento, mobiliza toda a sua capacidade psíquica para captar com êxito as ideias que formulamos do “lado de cá” e, no entanto, não consegue transferir fielmente para a matéria o assunto que sente na intimidade de sua alma. Servindo-nos de rude exemplo, diríamos que, enquanto emitimos um “tonel” de pensamentos, o nosso médium só consegue captar em seu equipo físico a quantidade pensada que simbolicamente só caberia num “copo”.
(1) DINORAH AZEVEDO DE SIMAS ENÉAS. Nascida em 21 de dezembro de 1888, desencarnou em 15 de janeiro de 1973. Fez o Curso da Escola de Belas Artes chegando a fazer especialização na Europa. Suas faculdades mediúnicas despontaram em 1923, exercendo-a no C.E. Soledade, no Maracanã, RJ. Desenvolveu psicografia e pictografia, tendo oportunidade de produzir mais de 2000 quadros. Uma vida toda dedicada à prática da caridade e amor ao próximo fazendo de sua residência um posto de ajuda aos sofredores.
AJC



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